terça-feira, 8 de julho de 2008

G-8 e as Mudanças Climáticas

(Des)compromisso Climático


Hoje, enfim, depois de muito tempo, parece que os representantes das maiores economias mundiais resolveram aceitar e enxergar a verdade: que as mudanças climáticas são uma realidade e medidas devem ser tomadas para que a situação seja controlada. Esse ano, em Toyako, no Japão, durante o encontro anual do G-8 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Rússia), a pauta das discussões esse ano envolvem principalmente a elevação do preço do barril de petróleo e dos alimentos, a fome mundial, o desenvolvimento da África e as mudanças climáticas.

Nesta terça-feira os oito representantes, reunidos, chegaram a um acordo que estipula uma redução de 50% das reduções de CO2 até 2050. Obviamente, medidas de médio prazo e políticas nacionais serão necessárias para que essa redução realmente ocorra. o G-8 informou também que pretende trabalhar com a ONU visando uma diminuição dos gases por todos os países, principalmente por aqueles em desenvolvimento acelerado, como China, Índia e Brasil.

Porém, ambientalistas criticaram severamente o acordo e lamentaram o compromisso climático "patético" do G-8. No ano passado, em Heiligendamm, Alemanha, o G8 havia se limitado em dizer que seus países membros levavam "seriamente em consideração" a possibilidade de uma redução das emissões de CO2 para frear o aquecimento global. Esse ano, apesar do anúncio desse acordo de redução, ativistas, ambientalistas e ONGs envolvidas com a causa ambiental criticaram a falta de compromisso com as metas intermediárias e disseram que a meta de 2050 é insuficiente, porque muitos cientistas alegam que seria necessário reduzir as emissões a menos de metade dos níveis atuais para evitar catástrofes climáticas - (Na minha opinião, as catástrofes climáticas já começaram).

"O G8 é responsável por 62% do dióxido de carbono acumulado na atmosfera terrestre, o que faz dele o principal culpado pela mudança climática e a maior parte do problema. [...] O WWF considera patético que eles ainda se esquivem de sua responsabilidade histórica", disse a WWF em resposta ao comunicado do grupo sobre a questão climática.

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