segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Na medida certa

... e com que roupa eu vou? ...



Nesses últimos dias a ONU (Organização das Nações Unidas) recomendou que seus funcionários e corpo diplomático troquem a roupa tradicional por uma que seja mais adequada com a situação climática atual, ou seja, fazendo com que as pessoas deixem no guarda-roupa o costumeiro terno e gravata por roupas mais leves.

A iniciativa faz parte de um novo programa de economia energética, e é conhecida como "Cool UN", que tem como objetivo reduzir a potência do ar condicionado das salas de conferências da organização. Estimativas da ONU calculam que a diminuição do consumo de ar condicionado permitirá não apenas reduzir os gastos com energia do edifício em cem mil dólares, mas principalmente também evitar a emissão de 300 toneladas de dióxido de carbono, o gás apontado como o principal responsável pelas alterações climáticas.

Por outro lado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, informou que o padrão exigido de vestuário para os cerca de cinco mil funcionários será mais flexível, permitindo que estes possam adaptar-se ao aumento da temperatura ambiente. Segundo o próprio idealizador do projeto, Michael Adlerstein: "Não vamos nos transformar em polícias da moda, mas o que procuramos é que as pessoas possam vestir roupas mais frescas". Muito bem colocado heim.

Pois bem, recentemente estive em discussão com meu pai, pois eu defendia a idéia que num país tropical como o Brasil, não existe uma razão verdadeiramente lógica que explique os motivos pela indumentária "pesada" que é utilizada no ambiente administrativo nacional, a não ser, obviamente, os aspectos históricos-culturais. É claro que não estou sugerindo que as pessoas devem trabalhar de chinelo e camiseta regata, mas certamente a quantidade de horas de ar condicionado ligado será muito menor para propiciar um ambiente agradável se deixarmos em casa descansando o paletó.

Esperamos que o programa da ONU não dure somente no mês de agosto, mas que possa ser incorporado a cultura organizacional desse órgão, e que muitas outras empresas, organizações e governo possam refletir e adotar essa medida, que com certeza, economiza energia, evita o desperdício e contribui muito com o meio-ambiente.

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